Eu sou o Guilherme, filho de José Sérgio e de Osmarina.
Meus pais se divorciaram quando eu tinha 7 anos de idade, e depois disso, eu sempre me coloquei num lugar de muita responsabilidade.

Sai de casa para trabalhar e fazer o meu próprio dinheiro, pensando, talvez, em como eu poderia ajudar e sustentar a minha família porque a minha mãe, na época, passava dificuldades.

Eu fui um adolescente que mais trabalhou do que aproveitou a adolescência. Buscava novos espaços onde eu pudesse ganhar mais e ser recompensado por isso. Cresci sempre pensando em fazer, fazer e fazer, sem muito pensar e sem muito conhecimento.
Eu achava que estava tudo certo, que era tudo simplesmente na força do braço e sem autoconhecimento.

Ganhei o meu espaço e comecei a trabalhar com vendas. Fui para o mundo sendo aquele cara querido, que se dá bem com todo mundo, ingênuo, que não vê maldade, não vê malícias e que achava que estava tudo certo.

Passei de empresa em empresa, de relacionamento em relacionamento, muitas vezes sendo um cara “filho da p*$#”, pensando que isso estava certo, que era o normal, que homens eram assim mesmo.

Ao alcançar a maturidade, eu percebi que não havia passado por algumas etapas fundamentais na infância e adolescência. Tinha perdido algo importante e que me fez em muitas áreas PERMANECER UM MENINO INGÊNUO, mesmo sendo maduro e responsável em outras.

Então hoje, quando eu olho para mim, o Guilherme, eu enxergo outras áreas da minha vida, seja profissional, pessoal… com outra visão.

Mas eu precisei ter resultados negativos para chegar aqui e não foi fácil! Talvez porque eu tenha escolhido um caminho mais difícil, um caminho de mentir para mim mesmo e de não estar realmente olhando para a minha vida.

Eram muitas distrações que me faziam mudar de caminho sem olhar para o que estava fazendo. Pulava de galho em galho, namoro em namoro, sem parar e analisar minha vida ou meus comportamentos. Eu fazia o que os homens faziam, pensava.

Um casamento não deu certo, talvez porque eu não tinha uma postura e posicionamento perante aquela relação e foi mais fácil virar as costas e sair, simplesmente assim.

Depois do casamento tive um filho com uma namorada (não planejado por mim na época e muito amado hoje).

Isso tudo veio para me mostrar o quanto eu precisava olhar para dentro de mim, o homem que existe em mim.

Era pancada atrás de pancada e eu achava ser normal, ser coisa de homem! Não era normal, era comum!

Depois disso tudo conheci o Homem Inteiro e a vida começou a mudar. Comecei a dar valor para as minhas raízes, o meu pai e a minha mãe. As minhas raízes que me fortalecem, são a minha base e é o que me sustenta.

Hoje eu vivo uma nova vida por ter realmente mergulhado dentro de mim, por ter resgatado o Guilherme lá de trás e que hoje toma a força de uma forma diferente. Isso está sendo o meu propósito hoje.

Conhecer o Homem Inteiro e perceber que tudo fica mais leve pois tudo está em mim e não nos outros. Ninguém tem culpa se eu fracassei ou não.

Hoje não preciso da validação de pessoas. Eu sigo o meu caminho.

Esta é a minha história e que pode servir para outros homens que também passam ou já passaram por isso.